Agronegócios
Café: Após ganhos de ontem, Bolsa de Nova York abre a quinta-feira em baixa
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A quinta-feira (18) começa com a Bolsa de Nova York (ICE Futures Group) registrando desvalorizações para os vencimentos do café arábica. As quedas das principais cotações ficavam entre 75 e 85 pontos por volta das 08h58 (horário de Brasília).
O contrato Setembro/19 teve queda de 85 pontos, a 106,55 cents/lb. Para o contrato Dezembro/19, a desvalorização foi de 75 pontos, a 110,45 cents/lb. Março/20 acumulou perda de 75 pontos, a 114,10 cents/lb e Maio/20, baixa de 80 pontos, a 116,35 cents/lb.
Segundo o análise de Jack Scoville, analista da Price Futures Group, o mercado segue repercutindo a recente divulgação de avanço de colheita feita pela Cooxupé, em que a cooperativa apontou que a colheita d seus produtores já ultrapassou a marca de 66% e que a produção não sofreu com a recente geada.
“As estimativas de produção pareciam surpreender o mercado e os futuros devolveram altas na segunda-feira e na quarta-feira. Muitos agricultores da América Central estão enfrentando problemas para obter financiamento para as plantações devido aos baixos preços e as ideias de produção estão caindo para as culturas atuais e futuras”, diz Scoville.
Já a análise do site Business Recorder, demonstra que as cotações do café arábica podem seguir caindo nos próximos dias. “O café de setembro em Nova York pode retestar a baixa de US $ 1,0550 por libra-peso, como sugerido por seu padrão de ondas e por uma análise do índice de Fibonacci”, diz Madiha Shakeel.
Confira com fechou o mercado na última quarta-feira:
Quarta-feira se encerra com valorização para as cotações do café na Bolsa de NY
A quarta-feira (17) chega ao final com a Bolsa de Nova York (ICE Futures Group) registrando valorizações para os vencimentos do café arábica. As altas das principais cotações ficaram entre 185 e 190 pontos.
O contrato Setembro/19 teve baixa de 185 pontos, a 107,40 cents/lb. Para o contrato Dezembro/19, a desvalorização foi de 185 pontos, a 111,20 cents/lb. Março/20 acumulou perda de 190 pontos, a 114,85 cents/lb e Maio/20, queda de 190 pontos, a 117,15 cents/lb.
Esses números representaram perdas de 1,75% para o setembro/19, 1,69% para o dezembro/19 e 2,59% para o março/20 com relação ao fechamento da última terça-feira (16).
Ainda nesta quarta-feira o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) divulgou relatório apontando que suas projeções de taxa de crescimento para o consumo mundial de café é de 2% ao ano, que levaria uma demanda de 208 milhões de sacas até 2030.
A publicação apontou ainda que “o Brasil exportou 41,1 milhões de sacas de café no ano-safra 2018-2019, período que compreende os meses de julho de 2018 a junho de 2019. Esse desempenho representa um recorde das exportações brasileiras, cujo volume físico equivalente a sacas de 60kg, teve incremento de 35% em comparação com o mesmo período anterior, no qual foram exportadas 30,5 milhões de sacas de café. Tais dados consideram a soma das exportações de café verde, solúvel, torrado e moído”.
Mercado Interno
No mercado brasileiro a maioria das movimentações também aconteceram do lado positivo das cotações.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé/MG com saca a R$ 468,00 – com valorização de 1,08%. As maiores oscilações foram registradas em Lajinha/MG, queda de 2,17% e preço de R$ 450,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca/SP, com saca a R$ 430,00 e alta de 1,18%, a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé/MG com saca a R$ 436,00 e movimentação de 1,16% positivo. Já a maior oscilação registrada pra o tipo foi percebida no Rio Grande do Sul, baixa de 3,45%, e a saca valendo R$ 420,00.
Também nesta quarta-feira, o Cepea divulgou nota afirmando que “Apesar de a colheita de café estar terminando no Brasil, as negociações no mercado físico estiveram reduzidas nos últimos dias”.
Segundo colaboradores do Cepea, tanto vendedores quanto compradores seguiram retraídos, à espera da confirmação dos impactos das geadas ocorridas no primeiro final de semana de julho nas regiões produtoras de café arábica.
“As primeiras estimativas mostraram apenas pequeno prejuízo nas principais praças cafeeiras, o que pressionou as cotações externas do café ao longo dos últimos dias, reforçando a retração de agentes”, diz o Cepea.